Quick
index
main
eev
eepitch
maths
angg
blogme
dednat6
littlelangs
PURO
(C2,C3,C4,
 λ,ES,
 GA,MD,
 Caepro,
 textos,
 Chapa 1)

emacs
lua
(la)tex
maxima
git
lean4
agda
forth
squeak
icon
tcl
tikz
fvwm
debian
irc
contact

Oficina de Lean4 - versão 0 (legendas)

Link pro vídeo no Youtube: aqui.
As legendas dele em Lua estão aqui,
e o resto desta página tem uma conversão das legendas em Lua
pra um formato um pouco mais legível.
A minha página sobre eev e Lean4 é esta aqui: link.

Update: já definimos as datas da oficina!
Aula 1: 6a, 26/jul/2024, 15:00-17:00
Aula 2: 6a, 02/ago/2024, 15:00-17:00
Aula 3: 6a, 09/ago/2024, 15:00-17:00
Ela vai ser quase toda por Telegram e um pouquinho por Google Meet!

Links pra algumas coisas que eu menciono no vídeo:
"Tactics & Keyframes: Visualizing Lean 4 Proofs in Blender" (David Renshaw, 2024)
Página do Graham Hutton, página do "Programming in Haskell"
Historinha sobre "é óbvio", parte 1: Visaud#01:00 até 03:09
Historinha sobre "é óbvio", parte 2: Visaud#51:45 até 52:24
LuaTreeLean: https://github.com/edrx/LuaTreeLean
PDF com meus os diagramas: .tex.html, PDF, .zip
Meu mini-tutorial de Emacs Lisp: (find-elisp-intro)
Fale comigo se você estiver interessado na oficina!

Aqui tem algumas gravações de usuários avançados usando Lean -
mas eu tou tentando preparar exercícios que todo mundo consiga fazer!
Instalação do Emacs e do eev no Windows: (find-windows-beginner-intro)
Instalação do Lean (versão muito preliminar): (find-lean4-intro)

Links pros 5 "livros" principais sobre Lean:

(find-fplean4doc  "introduction")
(find-lean4doc    "whatIsLean")
(find-leanmetadoc "main/01_intro")
(find-tclean4doc  "title_page")
(find-tpil4doc    "introduction")

Um diagrama do vídeo:


Legendas do vídeo:

00:00
00:02 Oi, gente! O meu nome é Eduardo Ochs, e eu tou
00:05 pretendendo dar uma oficina de Lean4
00:08 daqui um tempo... e esse vídeo é para
00:10 explicar algumas coisas que seriam
00:11 difíceis de explicar só por uma página
00:14 na internet.

00:15 Os dados da oficina vão estar todos
00:17 aqui nessa URL, e essa daqui é minha
00:20 página sobre Lean4.

00:22 Primeiro: o que que é o Lean4?
00:24 O Lean4 é parecido com Haskell, mas
00:27 ele é bem mais fácil de instalar, e tem
00:30 uma interface muito bacana que eu vou
00:32 mostrar daqui a pouco. Ele pode ser usado
00:34 como proof assistant - muita gente pensa
00:38 nele como proof assistant, só que eu ainda
00:40 não sei usar ele como proof assistant...
00:42 eu comecei a aprender ele porque eu queria
00:46 usar ele como proof assistant pra umas
00:47 coisas super complicadas, e...
00:50 ainda não sei o suficiente para isso...

00:52 mas tou adorando ele como uma linguagem
00:54 parecida com Haskell, e mais legal, com uma
00:58 interface bacana, e tal...

01:00 e o mais importante é que ele é muito
01:02 extensível - no sentido de que é fácil
01:04 você definir sintaxes novas nele... definir
01:08 mini-linguagens, DSLs, todas essas coisas
01:11 assim... se vocês quiserem explicações pra
01:13 isso tem nesse manual daqui, já vou
01:15 explicar qual é...

01:17 então, um dos manuais principais do Lean4
01:19 é o "Metaprogramming in Lean4",
01:22 e aí um dos capítulos
01:25 explica essa história de definir as
01:29 sintaxes novas - nessa seção daqui.

01:36 Voltando...
01:42 Primeiro: quem é o público alvo dessa
01:45 oficina?
01:48 Vai ser uma oficina muito básica, e
01:52 a ideia é que ela vai ser direcionada
01:54 pra pessoas que tentaram aprender Haskell
01:57 mas que empacaram mais ou menos nos mesmos
01:59 lugares que eu.

02:00 A partir de um determinado ponto os
02:02 livros começam a mostrar umas coisas
02:04 super complicadas e meio que exigir que
02:06 a gente entenda todos os detalhes delas
02:08 de cabeça... eles não dão nenhuma
02:10 informação sobre como a gente poderia
02:12 fazer as "contas" no papel pra conseguir
02:16 entender os detalhes daquilo.

02:17 Então - aqui tem um exemplo. Um
02:21 amigo meu que tá trabalhando na Holanda...
02:25 uma das tarefas dele como pós-doc é
02:29 orientar os alunos que estão fazendo
02:32 curso de Haskell lá... e eles usam o livro
02:36 do Hutton, então eu tentei aprender a usar
02:38 livro do Hutton também... a capa dele é essa,
02:42 aqui tá o índice do livro...
02:46 e o capítulo 12 do livro é o capítulo
02:50 onde ele começa a explicar mônadas.

02:53 E aí ele...
02:56 define umas coisas que eu só fui entender agora...
03:01 eu já tentei decifrar esse capítulo várias
03:02 vezes nos últimos três ou quatro anos e só
03:05 comecei a entender agora...

03:07 então, ele tem essas figurinhas aqui para
03:09 explicar o que que é uma "state monad".
03:12 E aí ele define
03:14 essa coisa daqui, ó...
03:20 ele diz que a gente vai definir um tipo
03:22 novo desse jeito daqui...
03:23 e depois uma função "app", que usa esse tipo...
03:27 depois uma função "fmap", que é uma instância
03:31 do funtor ST, whatever that means...
03:34 e aí ele põe essa figurinha daqui.

03:37 Até hoje de tarde eu não fazia a menor
03:39 ideia de se essa figura era uma coisa
03:40 precisa ou não.

03:42 Se fosse certamente estavam faltando
03:44 muitos detalhes aqui, e
03:46 eu ainda não tinha certeza de como
03:49 completar esses detalhes.

03:51 Então... deixa eu mostrar uma
03:53 figura aqui.

03:56 Essa primeira definição... essas duas
04:00 definições daqui, essa e essa, estão nesse
04:04 primeiro diagrama.

04:06 Então, no livro do Hutton
04:07 elas aparecem como essas três linhas
04:09 daqui - essa definição de um newtype,
04:12 depois o tipo da da função "app", depois a
04:14 definição da "app" em si...

04:16 e aí esse tipo de figura daqui
04:17 me ajudou muito a decifrar essas coisas.

04:20 Eu pego essa expressão daqui de baixo,
04:22 e embaixo de cada subexpressão dela
04:24 eu escrevo qual é o tipo dela.

04:27 O ideal seria fazer uma animação
04:30 dizendo quais são os tipos que eu
04:31 descubro primeiro e como é que a
04:34 inferência de tipos funciona, e como é
04:36 que a gente vai descobrindo tudo aos
04:38 poucos... mas nesse caso aqui eu ainda não
04:40 fiz a animação.

04:42 Então, a grande dificuldade para mim
04:44 foi entender o que é essa operação S daqui
04:46 e esse underbrace daqui...

04:51 e o legal é que quando
04:53 eu faço esse tipo de diagrama eu consigo
04:55 apontar pra um underbrace e
04:57 dizer: é esse o underbrace que eu
05:00 ainda não tenho certeza... e depois de
05:02 horas eu descobri que se eu
05:05 escrevesse esse underbrace desse jeito
05:07 daqui... desculpa, esse underbrace daqui...
05:12 usando essa definição de newtype aqui, que diz
05:14 que "ST a" é sempre equivalente a
05:16 S (State→(a,State)),
05:18 aí tudo ficava claro... aí as
05:22 regras não ficavam mais tão
05:25 misteriosas.

05:27 Então, voltando.
05:30 Até pouquíssimo tempo atrás eu não sabia
05:32 decifrar
05:34 trechos difíceis do Hutton - eu não
05:38 sabia que ferramentas usar para
05:40 completar os detalhes deles... e esse tipo
05:42 de diagrama tem me ajudado muito.

05:45 Agora vem o diagrama... opa, peraí...
05:49 ah deixa eu mostrar o diagrama da página
05:52 seguinte... aqui.
05:55 Lembra que agora há pouco eu mostrei
05:57 essa figurinha no livro do Hutton
06:00 e disse que até pouco tempo atrás eu não
06:01 fazia ideia de se essa figura era só uma...
06:06 se ela era informal ou não...
06:08 então, nessa página o o Hutton introduz
06:13 algumas linhas a mais, aqui...

06:15 ele diz que a gente vai definir o fmap desse
06:17 jeito daqui, e aí ele mostra essa figura como
06:20 se fosse óbvia... e para mim ela não é!
06:23 Eu preciso fazer todas essas type
06:25 inferences daqui para descobrir qual é o
06:27 tipo
06:28 da g da st, da s, da x, da s', etc, e
06:33 das outras expressões que são compostas
06:35 a partir delas... e aí quando eu descubro
06:38 todos esses tipos daqui eu consigo
06:39 transformar esse diagrama daqui num
06:41 diagrama que tem não só esses símbolos
06:44 que são nomes de termos, como esses tipos
06:48 daqui...
06:50 então esse s daqui é de tipo State
06:52 essa coisa daqui é de tipo ST a, etc...
06:56 e aí tudo fez sentido para mim.

07:00 Então, voltando... agora eu preciso contar uma
07:02 historinha, tá... eu vou contar ela de um
07:04 jeito bem resumido e eu vou botar o link
07:06 do lugar onde vocês podem ler o texto dela.

07:09 Há um tempo atrás eu fiz dois
07:11 vídeos sobre didática... um deles ficou
07:14 muito bom e outro tem só alguns trechos bons.
07:16 Esse vídeo é o que tem alguns trechos bons.

07:18 E ele tem essa historinha que eu
07:22 acho bem importante. É o seguinte... eu
07:25 não vou ler ela toda agora, mas é
07:28 uma história sobre alguém... um
07:30 professor que ensina uma coisa super
07:31 difícil, um aluno não entende e ele diz:
07:34 "mas isso é óbvio!" Aí o aluno diz:
07:38 "não é óbvio não!"... mas o aluno vai
07:40 pra casa pensar, ele pensa, pensa, pensa muito,
07:42 depois no dia seguinte ele volta e ele
07:46 virou uma pessoa para quem aquilo é
07:47 óbvio. Ele não sabe explicar pra as
07:49 outras pessoas quais são os detalhes
07:51 daquilo, ele só sabe dizer pras pessoas
07:54 "ah, isso é óbvio!"... mas ele virou a
07:57 pessoa para quem isso é óbvio.

08:00 Eu não gosto dessa ideia de aprender coisas
08:02 complicadas e virar uma pessoa que só
08:04 sabe dizer "ah, isso é óbvio!", e e eu tou há
08:07 vários anos trabalhando em alternativas
08:09 pra isso. Essa alternativas são descobrir
08:12 os diagramas que faltam e encontrar um
08:16 jeito mais ou menos mecânico e formal de
08:19 produzir esses diagramas que faltam.

08:21 Então, essa oficina de Lean
08:24 vai ser principalmente sobre um modo de
08:29 produzir esses diagramas que faltam e de
08:31 apresentar as coisas que os livros sobre Lean
08:33 apresentam de um jeito muito difícil
08:36 com esses diagramas.

08:38 Então vou mostrar os pontos em que eu
08:40 empacava... e que ficaram
08:42 muito mais simples depois que eu aprendi
08:43 a fazer diagramas. Então: não tenho
08:45 certeza se esses diagramas vão funcionar
08:48 pra outras pessoas - é isso que eu quero
08:50 testar - mas são os diagramas que
08:52 funcionaram para mim.

08:54 E aí eu quero
08:56 descobrir quais são as dificuldades dos
08:57 outros, se isso faz sentido, se elas têm
09:00 os tipos delas de diagramas e coisas
09:03 do gênero...

09:04 Então, tem um monte de técnicas
09:06 didáticas por trás disso daqui...
09:09 e eu também vou mostrar como eu
09:11 transformei os exemplos dos livro de Lean
09:14 em exemplos que são mais fáceis de testar
09:16 passo a passo.

09:18 E aí aqui tem tem um
09:20 caso muito mais simples de
09:23 de situação em que eu fiz algo parecido
09:26 com essa técnica...
09:29 eu peguei coisas que eram explicadas de
09:31 um jeito complicado, com exemplos grandes...
09:33 e desmontei os exemplos em exemplos
09:35 muito simples. Então, por exemplo se a
09:37 gente quiser aprender o que que é essa
09:38 expressão aqui em Lisp eu posso
09:41 desmontar ela em várias expressões
09:42 pequenininhas, e aí eu posso executar
09:45 cada uma dessas expressões - quando eu
09:47 executo ela o resultado aparece aqui
09:49 embaixo... e aí com isso eu tenho todas as
09:51 expressões visíveis de uma vez, e eu
09:54 consigo comparar duas expressões, ver
09:56 onde é que tão as dificuldades ver onde
09:58 aparece algum conceito novo, e coisas assim...

10:02 e eu vou mostrar como fazer isso com os
10:06 exemplos dos manuais de Lean
10:09 de um modo que todos os pedaços
10:14 deles ficam visíveis ao mesmo tempo e é
10:16 muito fácil checar detalhes.

10:18 O meu plano é fazer a oficina em
10:21 três aulas só. A primeira aula vai ser
10:24 uma aula sobre instalação do Lean
10:26 e de outras coisas - a gente vai
10:29 usar o Emacs e o eev, mas eu tenho um
10:34 método para instalar eles no no Windows...

10:39 Então, nessa primeira oficina... ela
10:43 demora um pouco, porque alguns passos são
10:44 demorados, mas vocês podem fazer outras
10:46 coisas ao mesmo tempo... vai ter alguns
10:48 momentos em que
10:50 a gente vai ver que o computador vai
10:52 passar 20 ou 30 minutos instalando
10:54 alguma coisa, aí vocês vão fazer outra
10:57 coisa, e quando voltarem tá tudo
10:58 instalado.

11:00 Depois que tiver tudo instalado a gente
11:02 vai poder usar esse tipo de hiperlink
11:04 daqui pra ir pros manuais principais.

11:06 Então: o Lean tem cinco manuais principais.
11:10 Por exemplo esse aqui vai pro Functional
11:13 Programing in Lean, pra uma seção dele que é a
11:16 introdução dele... e ele abre esse manual
11:19 no browser. Então, repara: isso aqui é o
11:22 título do manual, "Functional Programing...",
11:25 aqui tem o índice, e a gente abriu a
11:27 introdução...

11:29 e aqui tem um outro manual que é
11:32 o "Lean Manual",
11:35 aqui tem o "Metaprograming in Lean4",
11:39 aqui tem o "Type Checking in Lean 4",
11:43 que é super técnico mas acho que os
11:46 matemáticos vão ter algumas dúvidas que
11:48 vão ser respondidas aqui, e aqui tem
11:51 o "Theorem Proving in Lean4", que é um dos
11:56 mais básicos.

11:58 E... a coisa que eu mais gosto no Emacs
12:02 é que dá para criar hiperlinks para tudo
12:06 e os hiperlinks são esses programinhas
12:08 de uma linha em Emacs Lisp. E eu
12:11 já dei um montão de oficinas sobre isso,
12:13 já melhorei meu material sobre isso
12:15 bastante, hoje em dia as pessoas acham
12:17 super fácil de aprender.

12:19 Então aqui tem um exemplo mais exótico.
12:22 É um hiperlink que vai abrir um vídeo numa
12:25 determinada posição. Esse vídeo é
12:27 espetacular - é um vídeo que foi feito há
12:28 poucas semanas atrás...

12:32 sobre... bom deixa eu ver o título dele...
12:36 eu esqueci o título. Vou fazer isso
12:41 aqui... é alguma coisa como
12:44 "Visualizing Proofs in Lean using Blender".

12:47 Então é um cara que usa Lean para
12:51 gerar código que usa o Blender
12:54 para fazer animações... é muito
12:55 impressionante. E nesse trecho daqui, a
12:59 partir do 6:50, ele
13:05 mostra como é que ele estendeu a
13:07 linguagem do Lean pra ela reconhecer
13:10 essas posições do jogo de xadrez aqui em
13:13 caracteres Unicode...

13:20 E aí o programa
13:22 dele faz coisas tipo demonstrar que uma
13:24 determinada posição é um mate em cinco
13:26 jogadas, e
13:29 ele pega a prova que é gerada pelo Lean e
13:32 anima ela usando Blender.

13:35 Então dá para fazer esse tipo de
13:36 coisa. É difícil, né, mas já faz a gente
13:40 ter bastante vontade de aprender o Lean...
13:42 é o que eu tô tentando fazer agora.

13:44 Aqui tem um programa relativamente
13:47 básico, que eu fiz... opa, peraí,
13:53 caramba... ah tá, faltou isso.

13:57 Então, esse programa daqui chama uma
14:01 biblioteca que eu fiz... e deixa eu
14:04 primeiro mostrar uma coisa...
14:06 Ah, peraí, deixa eu só fazer uma
14:08 coisinha aqui...

14:12 Pronto. Uma coisa muito legal da
14:14 interface do Lean é que a gente tem duas
14:16 teclas, que eu vou chamar de "go to" e
14:19 "go back". Por exemplo, se eu tou com
14:22 cursor aqui, em cima desse "LuaTree" aqui,
14:26 e aperto a tecla de "go to" ele vai
14:29 pro arquivo LuaTree.lean; se eu aperto a tecla
14:33 de "go back" ele volta para cá.

14:37 Além disso o Lean tem esse tipo de
14:41 comando daqui, que gera uma
14:44 mensagem aqui na "echo area"...
14:46 deixa eu diminuir a fonte... em alguns
14:50 casos a mensagem é bem grande e eu
14:53 também posso pedir para ele mostrar
14:54 todas as mensagens de uma vez.

14:56 Então se eu bato f10 l l - opa, peraí,
14:59 não era isso...
15:02 se eu bato uma sequência misteriosa
15:06 de teclas ele mostra todas as mensagens
15:08 de uma vez...
15:10 e se eu passeio por várias linhas ele dá
15:13 um highlight na mensagem correspondente
15:14 à linha em que eu tou.

15:19 E essa última...
15:22 bom, aqui nesse programa eu defini
15:24 uma linguagenzinha que entende só as
15:27 operações "-" e "^" e números,
15:33 e a linguagem entende elas com a
15:36 precedência certa.

15:37 Então por exemplo, essa linha daqui
15:39 entende essa expressão daqui e
15:41 parentesisa ela de uma determinada
15:44 forma... essa aqui faz algo parecido mas
15:47 ela produz uma coisa num formato que
15:50 agora não quero explicar, e essa última
15:52 pega essa coisa no formato complicado
15:53 transforma ela numa árvore em 2D.

15:56 Tá, então eu tou mais ou menos nesse nível...
15:58 eu tou aprendendo fazer linguagens muito
16:01 simples, e eu tou tentando entender como é
16:03 que comandos do Lean são
16:06 definidos usando esse método...
16:11 o Lean começa com uma linguagem muito
16:14 básica e depois ele define um montão
16:17 de extensões escritas em Lean mesmo.

16:21 Então, vamos voltar...
16:24 eu tava aqui...
16:27 isso foi só uma demonstração.

16:31 Na primeira aula a gente vai aprender a
16:33 interface do Lean, que eu já mostrei
16:35 algumas coisas dela, e a gente vai
16:37 aprender uma outra coisa bacana que a
16:38 gente pode fazer no Emacs: a gente pode
16:41 acessar o meu conjunto de anotações
16:44 sobre Lean.

16:46 Por exemplo, esse link aqui
16:47 vai pro bloco sobre "coerção", que tá aqui...
16:51 toda essa parte aqui tem links
16:53 para documentação, sendo que alguns links
16:56 são um pouco mais estranhos... esse link
16:57 daqui é um link pro resultado de um grep:
16:59 ele vai procurar todas as
17:03 ocorrências disso aqui no código fonte
17:05 das bibliotecas básicas do Lean
17:11 e vai mostrar elas na tela... tá, então
17:14 quando eu tava aprendendo sobre coerção
17:16 eu usei esse tipo de coisa, e esses links
17:19 pro grep vão ser super úteis, e eu vou
17:21 mostrar porquê.

17:22 Então essas são as minhas
17:23 notas sobre coerção, e isso aqui é um
17:27 bloquinho, um snippet [de código Lean]...

17:29 se eu rodo esse comando
17:31 daqui ele abre o meu arquivo temporário
17:34 aqui à direita... deixa eu apagar o
17:37 conteúdo dele...

17:39 e ele bota isso aqui no clipboard do Emacs.
17:43 Aí eu posso ir para cá, bater a tecla de
17:46 "copy" e ele copia essas coisas aqui pro
17:50 meu arquivo de teste,
17:54 e aí eu posso examinar o resultado
17:56 de cada coisa dessas.

17:58 Esse "#check" aqui ele pega esse termo daqui
17:59 e faz algumas expansões nele...

18:03 então: o "+" em
18:06 princípio não sabe somar um número
18:08 natural, que é esse 2, com um inteiro...

18:11 mas na verdade esse "+" daqui é
18:12 transformado num "'+' heterogêneo",
18:15 que pode receber objetos de dois tipos
18:17 diferentes, e se for necessário ele
18:19 aplica uma coerção em algum deles.

18:22 Então quando a gente pede pro #check mostrar
18:24 que termo é esse daqui ele mostra o termo
18:25 ligeiramente transformado, e mostra que o 2
18:28 recebeu um operador de coerção, aqui...

18:30 a gente também pode examinar
18:34 versões mais detalhadas disso e
18:36 descobrir exatamente qual coerção é
18:38 usada nesse ponto.

18:40 Aí aqui tem um exemplo muito pequeno,
18:42 muito menor do que os do manual...
18:43 de eu definindo dois tipos diferentes
18:48 e definindo uma coerção entre eles...
18:51 e aqui tem vários testes, tá, que eu não vou
18:53 detalhar agora.

18:54 Então, isso é só um exemplo de como as minhas
18:57 anotações têm hiperlinks e têm snippets.
19:01 Deixa eu voltar...

19:03 É isso que a gente vai aprender na primeira aula.
19:05 Então, na primeira aula a gente vai aprender
19:07 a acessar os manuais principais,
19:09 vai aprender o básico da interface,
19:10 vai aprender a apontar
19:14 pra posições de vídeos,
19:19 e a testar código que já existe...
19:21 por exemplo, os meus snippets.

19:23 Aí... eu acho que isso é o que cabe
19:27 na cabeça das pessoas na primeira aula.
19:29 Depois vai estar todo mundo cansado, e uma
19:32 semana depois a gente faz a aula 2, em
19:35 que a gente vai aprender as coisas
19:37 básicas da linguagem - que estão
19:39 explicadas num dos manuais do Lean, o
19:42 "Functional Programming in Lean".

19:44 Então a gente vai começar nessa
19:46 seção daqui,
19:48 "1.1 Evaluating Expressions", e vai
19:52 possivelmente até a seção 1.5, e eu vou
19:55 traduzir... mostrar para vocês
19:59 as minhas traduções de várias dessas
20:01 demonstrações [?] daqui, por exemplo isso...

20:06 o manual mostra vários trechinhos de
20:08 código - deixa encontrar um interessante...

20:11 e aí por exemplo eu juntei todos os
20:14 trechinho sobre structures num bloco só,
20:17 mostrei várias comparações entre várias
20:20 sintaxes possíveis, fiz um exemplo muito
20:22 mais simples que esse, e tal... então a
20:25 gente vai ver como testar isso...

20:27 e a gente vai considerar que os manuais
20:29 do Lean são a fonte definitiva,
20:30 escrita por pessoas que têm muita prática
20:33 em didática, só que
20:36 elas estão em países em que o ensino é
20:40 muito melhor, em que eles têm
20:43 turmas enormes em que pessoas estão
20:45 aprendendo essas coisas, e tal...

20:47 é o contrário da situação em que eu tou,
20:49 eu tou totalmente isolado, trabalhando num
20:51 campus muito lixo da UFF no interior do
20:54 Estado do Rio de Janeiro...

21:00 Então, outra coisa que a gente vai ver é
21:02 uma coisa que os livros apresentam num
21:05 formato bem difícil - eles dão exercícios
21:08 bem difíceis...

21:10 Eu imagino que todo mundo queira
21:12 aprender um pouquinho sobre
21:14 como usar Lean como
21:16 proof assistant...

21:19 Então a gente vai começar com um exemplo muito
21:21 simples... eu prefiro explicar Curry-Howard
21:25 a partir desse exemplo simples daqui, que
21:26 só usa implicação e...

21:28 Peraí, vamos começar por aqui,
21:31 que é a versão em Dedução Natural dele.

21:33 então, isso aqui é o "e". Se eu sei que
21:37 P∧R é verdade eu sei que P é verdade,
21:40 se eu sei que P é verdade e P→Q é
21:42 verdade eu sei que Q é verdade...

21:45 Então, aqui tem a tradução dessa
21:48 demonstração simples em dedução
21:50 natural para uma demonstração em
21:53 conjuntos... então isso para mim é o
21:55 primeiro exemplo interessante de
21:57 Curry-Howard...

21:59 E aqui à esquerda a gente diz qual é o
22:02 elemento do conjunto se eu conheço um
22:04 elemento desse conjunto A'×B daqui -
22:06 o elemento p - então a primeira projeção,
22:11 πp, vai ser um elemento desse conjunto
22:12 daqui, A'.

22:14 Eu acho que essa notação daqui é
22:17 a notação mais familiar para
22:20 matemáticos, e a gente vai ver
22:24 que o Lean costuma usar uma convenção que
22:27 para mim é estranha - é uma convenção
22:29 usada pelo pessoal de linguagens
22:31 funcionais...

22:35 deixa eu pegar uma figura aqui...
22:35 aqui é um outro trecho daquele
22:39 vídeo que eu falei que é maravilhoso...

22:44 Em geral a gente quer aprender o Lean
22:48 como provador de teoremas
22:50 começando por "táticas".

22:52 Muita gente começa rodando o Lean
22:54 no browser, no tal do
22:56 "Natural Numbers Game" e aí aquilo é um
23:00 tutorial que já começa direto por táticas.

23:02 O meu primeiro contato com Lean
23:04 foi no meio da pandemia quando um cara
23:05 chamado Francesco Noseda, que é um professor
23:11 da UFRJ... ele deu um curso de Lean online
23:15 e eu participei, e no curso dele ele supunha
23:18 que as pessoas sabiam um bocado
23:21 sobre técnicas de demonstração em
23:24 Cálculo de Sequentes e Fitch, e apesar
23:28 que eu trabalho com Lógica a minha
23:29 formação é muito estranha - eu nunca tive
23:31 um curso formal disso...

23:33 então, eu sou meio ruim nessas coisas...
23:35 eu sou bom em Dedução Natural,
23:37 mas eu tenho pouca prática com
23:38 técnicas de demonstração, Cálculo de
23:40 Sequentes, coisas assim
23:42 formalizadas do jeito tradicional para
23:46 quem fez um curso de Lógica.

23:49 Então, eu ralei muito pra
23:51 entender aquilo, e eu fiquei com a sensação
23:52 de que faltavam diagramas. Nesse vídeo eu
23:55 consigo mostrar para vocês que tipo de
23:56 diagrama faltava.

23:58 No curso do Francesco e a gente não
24:03 conseguia... a gente via esse tipo de coisa
24:05 daqui - aqui tem um exemplo de que
24:08 hipóteses a gente tem num certo momento
24:12 e o que que a gente quer provar...

24:18 e nessa figura daqui ele mostra
24:21 que quando a gente roda essa tática daqui
24:23 o nosso conjunto de hipóteses e
24:27 a coisa que a gente quer provar mudam
24:29 desse bloquinho de cima para esse
24:31 bloquinho de baixo.

24:32 Então para mim quando a gente consegue
24:35 ver o "antes" e o "depois" na mesma
24:37 tela fica muito mais fácil de entender,
24:40 e na época do curso de Francesco ele não
24:43 mostrou isso, ele não tinha técnicas pra
24:45 mostrar isso... e eu passei dias tentando
24:48 fazer as figurinhas para conseguir
24:51 entender quais eram as táticas principais.

24:54 Agora, outro motivo pra gente
24:56 não aprender táticas nesse meu curso de
24:58 três aulas é que mesmo o Theorem Proving
25:03 Lean... deixa eu aumentar a letra de novo...
25:06 ele só ensina táticas no capítulo 5 dele.

25:10 Então, antes ele ensina a Teoria de
25:13 Tipos básica até quantificadores, outros
25:16 modos de demonstrar proposições simples...
25:18 as táticas só aparecem no capítulo 5.

25:21 Então, a gente vai aprender essas
25:26 coisas na aula 2, e na aula 2 eu
25:29 só vou supor que as pessoas sabem um
25:31 pouquinho de Matemática e têm uma noção de
25:34 tipos mesmo que seja de linguagens como C,
25:36 e já tentaram aprender Haskell e
25:40 quebraram a cara...

25:40 que elas têm uma noção de coisas
25:43 mais básicas, mas empacaram -
25:45 possivelmente nos mesmos lugares que eu.

25:47 Então, isso é aula 2, e eu
25:51 suponho que a aula 2 vai
25:53 interessar pra um bocado de gente...
25:56 e a aula 2 é desculpa para as
25:58 pessoas aprenderem a aula 1, e na aula 1
26:00 eu vou apresentar o Emacs e a
26:03 biblioteca que eu fiz pro Emacs, que é
26:05 essa biblioteca de hiperlinks e outras
26:07 coisas, que é o eev.

26:10 A aula 3 eu ainda não preparei o
26:14 material dela direito, e ela é bem mais
26:16 avançada... eu não sei quanta gente
26:18 vai se interessar por ela,
26:21 porque tem bem pouca gente no Brasil que
26:24 se interessa por linguagens funcionais, e
26:27 até onde eu sei a maioria das pessoas
26:28 que se interessam por linguagens funcionais
26:30 está super sem tempo, então eu não sei
26:33 quantas pessoas vão fazer
26:35 esse meu minicurso...

26:38 e na verdade para mim o mínimo é 1 -
26:41 se tiver uma pessoa interessada e for uma
26:42 pessoa animada, que tem coragem de dizer
26:45 "eu não entendi isso aqui" quando eu mostrar
26:47 um determinado exemplo, para mim já tá bom...
26:49 porque eu consigo testar esse material e
26:53 transformar ele num blog post grande, em
26:56 alguma coisa publicável, sei lá...

27:00 então, digamos que a aula 3 interesse
27:02 para bem menos gente, e pode ser que
27:05 algumas pessoas assistam a aula 3 mais por
27:11 curiosidade mas achem tudo muito avançado...

27:14 Basicamente na aula 3 a gente vai ver
27:16 as figuras que me salvaram
27:18 para entender várias coisas do Lean.

27:20 Aqui tem um exemplo dessas figuras...
27:24 ih, não, tou na página errada, deixa eu ir
27:28 pra outra página... tá aqui.

27:32 Por exemplo, isso aqui é um exemplo de
27:36 mônadas sem usar a notação "do", que vou
27:40 supor que vocês já ouviram falar. Então,
27:43 isso aqui é um exemplinho de mônadas com
27:45 a notação "do" traduzida pra uma notação
27:47 mais básica e com as anotações de tipos.

27:50 E pra mim tinha umas coisas que eram
27:52 super misteriosas, que é... por exemplo,
27:54 como é que a gente descobre que uma
27:56 operação dessas, que usa a mônada
27:59 de listas retorna uma lista?

28:03 E aí a gente tem que fazer
28:06 essas type inferences todas pra entender
28:09 como é que esse "bind" vai funcionar,
28:14 porque tem que ser o bind "da mônada
28:16 associada a isso aqui" e aí esse bind
28:19 determina qual vai ser o "pure", e o pure
28:22 vai fazer com que o resultado seja uma
28:24 lista de pares do tipo A×B...

28:26 então eu
28:28 ficava lendo os capítulos sobre
28:32 mônadas dos tutoriais, eles davam um
28:34 montão de exemplos de uso, um montão de
28:36 analogias... e nada fazia muito sentido pra
28:38 mim, e a partir do momento em que eu
28:40 consegui ver todos esses detalhes
28:42 tudo ficou muito mais claro. Então eu vou
28:44 apresentar isso e a gente vai discutir e
28:48 eu vou tentar descobrir se esse tipo de
28:49 coisa ajuda outras pessoas também, ou não...

28:53 Aqui tem um outro exemplo de coisa...
28:56 de figura que me ajudou muito.
28:58 Deixa eu pegar esse pedacinho dela.

29:05 Vamos olhar só pra parte de cima dela.
29:08 Isso aqui é uma função que recebe
29:13 esses argumentos implícitos aqui, então o
29:15 usuário não precisa dar esses argumentos,
29:17 o Lean vai inferir esses argumentos
29:19 a partir do resto...

29:23 Aí tem essa coisa muito misteriosa aqui,
29:25 que eu levei meses para entender, e aí
29:27 tem essa coisa um pouco mais clara aqui...
29:29 aqui a gente tem o produto dos dois
29:31 tipos, que a gente pode considerar que é um
29:32 produto cartesiano de dois conjuntos, e
29:35 um ponto desse produto cartesiano.

29:37 Aqui tem uma coisa invisível...

29:41 e aí essa função que recebe esses
29:44 argumentos vai retornar o resultado
29:45 dessa coisa daqui aqui.

29:47 Tem uma expressão que vai pegar esse ab,
29:48 que é um par, vai separar ele
29:52 em lado esquerdo e lado direito,
29:54 vai colocar o lado esquerdo
29:56 dentro da variável a e vai ignorar o lado
29:58 direito... e aí aqui à direita a gente vai
30:00 retornar o resultado disso.

30:03 E aí como é que a gente faz pra
30:05 entender uma coisa dessas?

30:08 Eu descobri que o melhor modo de entender
30:10 essas coisas é a gente olhar pro parser
30:12 do Lean.

30:15 Então a gente vai dar uma olhada em como
30:20 cada estrutura sintática é definida lá...
30:23 algumas têm comentários bem interessantes,
30:25 outras têm só referências e outras coisas
30:27 [?] que mais ou menos legível

30:29 E aí eu fui
30:30 descobrindo que essa coisa aqui era
30:34 uma "typeAscription", essa coisa
30:36 misteriosa daqui era um "instance binder",
30:39 e a partir do nome [?] que eu descobri isso
30:40 eu consegui descobrir quais seções do
30:42 manual explicavam essas coisas... e aí aos
30:46 pouquinhos tudo foi ficando claro.

30:49 Essa figura daqui pode ser dividida
30:51 em figuras que detalham...
30:53 bom, eu não consegui fazer um
30:56 parsing diagram que coubesse numa linha só,
31:01 ficava muito grande, então eu dividi
31:02 isso em vários...

31:02 por exemplo, esse {α β} entre chaves aqui
31:08 ele pode ser transformado
31:12 nessa árvore daqui, bem maior...

31:14 isso aqui é parseado pelo "implicitBinder"...

31:18 essa outra estrutura daqui
31:21 é parseada pelo instBinder...

31:28 e essa última daqui é parseada
31:32 desse jeito daqui...
31:33 e o "let" é parseado por essas duas
31:38 árvores daqui de baixo.

31:40 Tá, então a gente vai entender isso aqui,
31:44 que é um outro tipo de diagrama
31:45 que me salvou...

31:48 E... ai caramba... aqui.
31:58 E basicamente é isso.
32:01 Talvez tenha um outro tipo de
32:04 diagrama, que é pra gente entender o que
32:07 que é um "Pratt parser" e como é que o
32:11 Lean entende precedência, macros e outras
32:13 coisas... mas eu ainda não tenho exemplos
32:15 muito bons dele... então é basicamente isso.

32:21 Tem mais uma seção aqui... peraí.
32:28 Ah, não, era só isso. Eu já expliquei qual
32:30 era minha motivação, meu público alvo, a
32:33 história da didática e tudo mais, e só
32:36 falta falar uma coisa.

32:38 É o seguinte eu já
32:39 disse que eu tou trabalhando num campus
32:40 da UFF que é muito pequeno. Eu já tinha
32:43 uma noção de que esse campus era um lixo,
32:45 até um tempo atrás... mas
32:48 nos últimos do anos eu consegui
32:50 descobrir que ele é um lixo, assim, 10
32:52 vezes maior do que eu pensava...

32:55 não dá para interagir com os meus colegas de lá
32:57 nem mesmo pra discutir os cursos
32:59 que eu tou dando e técnicas de didática...
33:02 e eu oferecia umas oficinas de Software
33:03 Livre pros... basicamente pros alunos,
33:07 e eles não iam nunca, e eu não entendia
33:09 porquê...

33:10 e aí durante a greve eu ofereci
33:12 essas oficinas divulgando elas pro
33:14 pessoal de todos os cursos e eu vi que
33:16 as pessoas de Produção Cultural e
33:18 Psicologia iam nas oficinas, ficavam
33:21 super animadas, faziam milhões
33:22 de perguntas... mas os alunos da
33:25 Computação e da Engenharia - eles não iam
33:27 de jeito nenhum.

33:29 Aí eu fui entendendo aos poucos - até
33:31 porque eu conversei com umas pessoas que
33:33 estudaram em Niterói - que eles têm uma
33:36 mentalidade na qual é inconcebível você
33:39 estudar junto com os colegas, você tirar
33:41 dúvida dos colegas, você ir na oficina
33:43 dos colegas... então eles não tem uma
33:47 mentalidade de "estamos na universidade
33:50 pública, vamos fazer tudo que aparecer,
33:52 vamos aprender tudo que der, e vamos
33:54 compartilhar o conhecimento"...

33:56 É uma coisa muito estranha. Eles
33:58 talvez tenham pego um pouco da mentalidade
34:00 do pessoal da Engenharia de Produção, não
34:03 sei direito... mas de qualquer forma é
34:07 péssimo.

34:08 E aí eu tô querendo dar essa oficina
34:10 pra fazer contato com pessoas
34:12 de outras universidades, descobrir que
34:13 que elas estão fazendo, descobrir como é que
34:15 eu posso participar dos projetos delas,
34:17 grudar nelas de alguma forma fazendo
34:20 coisas interessantes junto com elas online...

34:23 Deixa eu só mostrar uma coisinha que faltou.
34:26 Eu mostrei como é que esses
34:28 links daqui vão para seções dos manuais...
34:31 por exemplo, esse aqui abre
34:35 a versão em HTML do
34:37 "Functional Programing in Lean"...

34:42 e todos esses manuais exceto um têm
34:46 fonte num formato super fácil de acessar,
34:52 e a gente consegue extrair os
34:55 bloquinhos de código dessa fonte.

34:58 Então, por exemplo, nesse manual
35:03 daqui, do "Metaprograming", tem uma seção...
35:06 repara que esse link daqui veio pra uma subseção
35:11 dessa página, a subseção se chama "Building
35:13 a DSL and a syntax for it"...

35:15 é um exemplo mais ou menos básico
35:16 de como criar uma linguagenzinha nova...

35:21 e eu também posso ir pro código fonte
35:24 disso aqui, que gerou esse HTML...

35:28 Então, se eu rodo esse hiperlink daqui
35:33 ele abre o código fonte disso...
35:35 repara, esse título aparece
35:38 desse jeito aqui, e esse bloquinho de
35:40 código aparece desse jeito... isso aqui é
35:43 um arquivo em Lean, o arquivo parseou
35:46 essas coisas daqui
35:48 interpretou esse bloquinho daqui como
35:52 Lean, coloriu tudo do jeito certo, e,
35:59 por exemplo... talvez se eu usar a tecla
36:01 de "go to" aqui talvez ele vá
36:03 pra definição do "inductive"... bom,
36:07 talvez, mas eu não tenho certeza...

36:11 Tudo funciona exatamente como
36:14 naquele outro demo que eu mostrei - cada
36:15 "#check" desses mostra um output aqui
36:19 embaixo, e se eu bater f10 l l...

36:24 opa, não, seu eu bater essa
36:26 sequência misteriosa de teclas daqui
36:29 ele mostra todas as mensagens de uma vez.

36:32 Então: a gente vai ver como acessar esse...
36:36 o código fonte, e extrair o código fonte
36:40 e criar arquivos menores com isso, em que
36:42 a gente possa fazer nossos experimentos...
36:45 modificar coisas, simplificar coisas
36:47 acrescentar coisas, etc...

36:49 Então isso é uma coisa que a gente
36:51 vai ver superficialmente na primeira
36:53 aula e depois a gente vai usar
36:55 bastante.

36:57 E... é isso. O vídeo era isso aí.
37:01 Qualquer coisa acessem essas
37:04 páginas pra mais informações e entrem
37:07 em contato comigo... e se vocês tiverem
37:09 algum interesse no curso por
37:11 favor peguem os meus contatos e mandem
37:13 ou e-mail ou mensagem por WhatsApp ou
37:16 por Telegram. É isso por enquanto!

37:20