Trecho de um chat sobre CI e sexualidadeOi Gilda, adorei as fofocas que você fez ontem sobre o cara que ficou de pau duro numa jam e foi super inconveniente... mas eu estava pensando - pq eu pensei muito nas coisas que vocês falaram, mas tenho andado muito dispersivo e desorganizado, aí não consegui escrever aqui... - que eu queria puxar o assunto pra duas outras direções diferentes... 1. O que acontece quando a gente fica excitado (e no caso dos meninos isso é ainda pior, porque algo visível acontece) e a gente fica constrangidíssimo com isso e fazendo o possível pra disfarçar e não incomodar ninguém?... (Parêntese: lembrei de um meme maravilhoso da EraDeCisperar que dizia algo como "o bofe era um sonho - mas aí ele genitalizou e estragou tudo") 2. Às vezes eu não me exponho muito - fico em algum jeito de usar o corpo que é atento mas meio técnico - mas tem algumas vezes em que a improvisação vira algo mais verdadeiro, daí pra ser bem mais cuidadoso sem medo de ser pessoal... e se cria uma relação de cuidado e confiança que às vezes é a coisa mais importante que me acontece na semana, e eu fico lembrando dela depois em muitos momentos... que que a gente faz com isso? As pessoas têm códigos super diferentes, e eu tou sempre me defendendo mentalmente do mundo que eu peguei quando era adolescente, no qual envolvimento emocional era algo "ridículo" a ser evitado a qualquer custo - e sei que isso ainda persiste em muitos lugares... Então: eu queria ter muitas improvisações dessas que são super transformadoras, mas o que fazer com o "depois"? Que que a gente pode fazer pra lembrar de uma improvisação fantástica de um jeito que gere simpatia ao invés de fazer as pessoas acharem que agora a gente está cheio de segundas intenções constrangedoras, que a gente virou um mala sem alça, ou que a gente é um perigoso psicopata? (Escrevi o texto acima - em papel, porque hoje em dia quando eu
preciso escrever algo mais complicado eu escrevo em papel e depois
digito - em 13/out/2014, pra uma conversa por chat de Facebook com
Gilda C. e Larissa B., duas colegas minhas da aula de Contato
Improvisação no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo.)
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