CHEGA. EU NÃO AGUENTO MAIS.
Nas reuniões de colegiado do ICT de 20/junho/2013 e
1º/agosto/2013 a Engenharia e a Computação fizeram todo o
possível pra não aprovar a criação de uma optativa criada
pelo RFM - uma sobre caracterização de materiais e
espectroscopia. Um tempo enorme dessas duas reuniões foi gasto
discutindo isto, com os argumentos mais surreais, e com isto as
reuniões acabaram bem antes de dar tempo de abordar outros itens
muito importantes das pautas... na de 1º/agosto/2013 até se
recusavam a prorrogar o tempo de reunião de 2h para 2h30 - acho que
foi a primeira vez que eu vi uma recusa de prorrogação, é
raro reuniões não serem prorrogadas...
http://angg.twu.net/audios/2013jun20-ict.html
http://angg.twu.net/audios/2013ago01-ict.html
Um argumento recorrente - que foi usado até pelos dois
representantes docentes que estavam presentes - foi de que o RFM nem
sempre abre todas as turmas extras de Cálculo 1 pedidas para alunos
excedentes, então criar uma disciplina extra quereria dizer alocar
pra outra coisa horas de aula de um professor que poderia dar
Cálculo 1.
Essa optativa estava sendo criada, e seria oferecida, pela Vanessa,
que é química e não tem como dar Cálculo 1.
Além disso, imagine que você é um aluno do ICT. Cálculo 1
tem um índice de reprovação gigantesco, é pré-requisito
pra muita coisa, você já foi reprovado nela duas vezes, seu CR
é baixo e você ficou entre os excedentes e não conseguiu se
matricular nela desta vez. Você não quer só se matricular em
Cálculo 1 - você quer conseguir ser aprovado. Abrem a turma de
excedentes e ela tem clima de hospital de feridos de guerra. Sua
dedicação inicial - "das outras vezes eu não me dediquei o
suficiente, mas agora eu vou conseguir!" - te abandona antes mesmo da
primeira prova. Só dez pessoas, das 30 inscritas, chegam até as
provas finais. Aprovados: nenhum. Ou um. Ou dois, sendo de que destes
dois um era o cara que não ia mais nas aulas pra não se
contaminar com o desânimo, mas estudava feito louco em casa e com
colegas veteranos; você foi reprovado de novo.
A solução, que o RFM está defendendo há anos, é um
projeto de ensino chamado Cálculo 0 - atualmente Fundamentos da
Matemática - que consiste um aulas, principalmente de
exercícios, e sem presença obrigatória (!!!), nas quais quem
vai aprende na prática zilhões de coisas que ajudam em
Cálculo 1.
O Cálculo 0 é sabotado e ignorado pela Engenharia e pela
Computação há anos.
A cada momento apareciam mais "motivos" pro colegiado do ICT não
aprovar a optativa nova - se alguém quiser ouvir a gravação
da reunião de 1º/agosto/2013, o áudio está aqui,
http://angg.twu.net/audios/2013ago01-ict.html
e a discussão sobre esta optativa começa mais ou menos aos 26:00
e termina mais ou menos em 1:06:00 - 40 minutos de uma reunião de 2
horas, com esta pauta,
...
na qual os dois últimos pontos eram BEM importantes.
Vamos pegar um caso recente que teve uma repercussão enorme: o do
Capitão Bruno e o "porque eu quis", deste video aqui,
youtube
que passou a ser citado em quase todas as manifestações dos
últimos dias. Eu confesso que eu ficaria até aliviado se eu
ouvisse uns "porque eu quis" de vez em quando, porque me soa
_honesto_... eu gostaria de poder organizar uma entrevista com o
Capitão Bruno e dar corda pra ele contar como funciona a
corporação na qual ele trabalha - quais são os princípio,
que tipos de ordens eles recebem, o que é punido ou mal-visto, e em
que situações mesmo que hajam denúncias eles podem eles podem
ter certeza da impunidade...
O que tem acontecido nas reuniões de colegiado ICT é algo com o
qual eu acho bem mais difícil de lidar: é como se a gente
dissesse "Capitão Bruno, ...?", e a resposta fosse: "...porque
batatinha quando nasce esparrama pelo chão" - e como se todos os
companheiros do Capitão Bruno também acreditassem que "...porque
batatinha quando nasce esparrama pelo chão" é uma resposta
perfeitamente lógica e honesta.
Eu já estou no ponto em que está ficando difícil acreditar
que os zumbis da Engenharia e da Computação realmente acreditam
nos argumentos que usam. Deixa eu voltar um instante a um caso que
estávamos discutindo bastante antes das férias, e que está
documentado aqui:
http://angg.twu.net/parabens-edwin.html
Será que o Edwin acredita sinceramente que os artigos da
constituição que ele citou prevalecem sobre os artigos da Lei do
Funcionário Público e das regras sobre Dedicação
Exclusiva? Porque se prevalecessem ninguém perderia um processo por
violação de DE - a defesa seria facílima, e duvido que
haveriam tantos casos nos quais professores são obrigados a
devolver mais de R$ 100 000, e casos de professores demitidos de
universidades federais...
Será que os zumbis da Engenharia e da Computação acreditam
sinceramente que é tão grave a gente nem sempre oferecer todas
as turmas de excedentes de Cálculo 1? Que só existe um modo de
pensar prioridades, que é o deles, e que os outros modos estão
completamente errados, sem que nem sequer existam questões de grau
- que não haja distinção entre modos dos quais eles discordam
pouco e modos dos quais discordem muito?
Uma hipótese é: eles realmente acreditam na gravidade de não
oferecermos a turma de excedentes, e são burros; uma outra
hipótese que complementa esta é: eles estão tomados pela
raiva, e como são burros não conseguem pensar que todo mundo tem
que lidar com situações de raiva, encontrando a forma menos
destrutiva possível; e como eles vivem afirmando que não têm
tempo pra pensar em nada fora dos seus quadradinhos eles não têm
sequer referências históricas de acordos e regras que permitiram
que grupos convivessem civilizadamente após guerras e atrocidades...
[Paz dos bravos]
(De um artigo sobre a "paz dos bravos" que mencionamos na época da
eleição pra Direção do PURO em 2011 - mais contexto:
http://angg.twu.net/chapa1.html)
Outra hipótese é: os zumbis mais lúcidos repetem esse
argumento da turma de excedentes mais ou menos com a televisão faz
- pela repetição uma certa versão passa a ser percebida como
verdade - e eles que punir o RFM continue a ser sempre prioridade.
E outra hipótese - acho esta impossível de descartar - é que
eles estão preparando o terreno pra esposa do Prof. Dalessando dar
Cálculo 1... tem uma fala muito explícita da Profa. Flávia na
gravação da reunião de
Aí na reunião de departamento do RFM do dia 12/set/2013 a gente
fica sabendo que a Profa. Marcilene, esposa do Prof. Dalessandro,
já entrou em exercício de Departamento de Computação - ela
é matemática; por favor leia a seção 23 do "Saia do seu
quadradinho"
http://angg.twu.net/quadradinho/quadradinho-a5.pdf
antes de prosseguir aqui - e que há um pedido para que ela dê
uma _outra_ matéria do RFM: Probabilidade e Estatística. Ora, o
que aconteceu com Cálculo 1? Não seria mais natural que pedissem
pra ela dar Cálculo 1? E, bom, aí a gente descobre que desta vez
não há excedentes em Cálculo 1...
Isto _podia_ ser reduzido a só um problema técnico: o RFM
autorizar - ou não - a Marcilene a dar Probabilidade e
Estatística... aliás, Probabilidade e Estatística seria uma
batata quente bem menor pra ela que Cálculo 1, porque os alunos
nunca reclamam de cursos mal dados quandos eles são
pré-requisitos pra pouca coisa e quase todo mundo é aprovado.
Mas não deu.
Acontece que eu já passei MUITO mal, várias vezes, sendo que a
última foi no início destas últimas férias - eu não
conseguia parar de pensar nas próximas vezes em que grosserias,
sabotagens e argumentos tipo "batatinha quando nasce esparrama pelo
chão" iriam aparecer nas reuniões - e não aguento mais saber
que essas coisas vão continuar acontecendo
... e bem recentemente eu
A gente gasta uma energia mental enorme
# (find-fline "~/ORG/index.org" "Uma tentativa de solução política")
# (find-djvupage "~/PURO/20130919_RFM.djvu")
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