Eu decidi me aproximar e fazer algo - e eu o tempo inteiro pensei: "eu quero ser responsável pelo que estou fazendo; eu vou lidar com as conseqüências e as dificuldades".
Eu fiz tudo com muita atenção.
Eu olhei muito para a forma, a cor, cada detalhe. Deixei a mente aberta. Cuidei dos galhos e folhas, podei algumas partes fracas e mortas que seria melhor tirar. Comi algumas das frutas, porque achei que era um modo natural de fazer com que a árvore se misturasse comigo e passasse a ser parte de mim. Mas eu lidei muito pouco com raízes até hoje, e não consigo visualizá-las direito. Eu sabia disso, e talvez a árvore soubesse também. E nós aceitamos o jogo.
Agora os espíritos das raízes vêm me dar tapas nas orelhas. É justo. Mas eu preciso ouví-los. Preciso que eles falem comigo. E eu preciso que eles me ajudem a abrir minha visão.
O príncipe encantado é alguém que me entende mesmo quando eu estou
paralisado.
Ele sabe lidar com coisas que as pessoas fingem aos gritos
que não existem.
Ele corta caminho e avança por cima de convenções
mortas e inúteis.
Ele me bate do jeito certo, e me liberta.